2. A PROMESSA DO RECEBIMENTO DE PODER: Após a ascensão de Cristo, os discípulos voltaram para Jerusalém, para aguardarem, conforme instrução do Senhor, a descida do Espírito Santo. A assembleia de 120 pessoas permaneceu naquela localidade. Eles perseveraram “unanimes” em oração, isto é, sob o mesmo propósito, que era serem cheios do Espírito. Esse enchimento havia sido posto como condição para que a igreja pudesse testemunhar dEle (At. 1.8). Nesse contexto, percebemos um interesse dos discípulos, esses queriam saber quando o Senhor daria a Israel a glória dos tempos áureos, talvez como nos tempos de Davi e Salomão. Jesus respondeu que não competia a eles saberem o dia e a hora que Deus havia estabelecido para Sua exclusiva autoridade (At. 1.11). A igreja do Senhor precisa ter cuidado para não confundir a política dos homens com a política de Deus. Ao longo da Sua história, a igreja cristã se envolveu com o poder secular, o resultado sempre foi seu enfraquecimento espiritual. Somente no futuro, ou seja, na dimensão escatológica, quando Cristo estabelecer o Seu reino milenial, Israel desfrutará de uma teocracia plena. Enquanto isso, Deus atua por meio da Sua igreja, e essa não pode prescindir do poder do Espírito Santo, por meio dele, podemos, de fato, testemunhar com autoridade sobre a morte e ressurreição do Senhor (Lc. 24.49). A esperança da igreja não está na política humana, ela aguarda, com convicção, a volta de Cristo, para tanto, mantém os olhos fitos nos céus, de onde virá Aquele que para lá ascendeu.
3. A PROMESSA DA SUA VINDA: Cristo virá, esse é um dos pilares da fé cristã, mas sua volta precisa ser compreendida em dois contextos distintos. Ele virá para arrebatar Sua igreja, como prometeu em Jo. 14.1. O ensino do arrebatamento foi revelado mais precisamente a Paulo que instruiu a igreja a esse respeito (I Co. 15.52; I Ts. 4.13-17). Ao longo dos evangelhos, Jesus fala de seu retorno, mas, a maioria das passagens, se refere à Sua volta gloriosa, quando virá para Israel, estabelecer Seu trono (Mt. 24). O texto de At. 1.11 tem essa duplicidade, pois permite, ao mesmo tempo, que a igreja considere a volta de Cristo, para arrebatá-la, e, também, o estabelecimento do reino milenial de Cristo (Ap. 19.11-21). Em relação a igreja, esse retorno de Cristo é denominada de bendita ou boa esperança (I Ts. 2.16; Tt. 2.13). A esperança do arrebatamento sempre foi uma doutrina ensinada nos púlpitos das nossas igrejas, mas passado o ano 2000, e agora, uma década depois, alguns cristãos não mais falam a respeito. A secularização da igreja também tem contribuído significativamente para que essa doutrina deixe de ser exposta. Alguns estão demasiadamente conformados com este século, deixaram de orar “maranatah”, ora vem Senhor Jesus, há quem prefira que ele demore, não querem perder as oportunidades que a temporalidade oferece. Cristo não veio em 2000, certamente por que muitos o aguardavam naquele ano, mas virá justamente quando menos se espera. A igreja precisa continuar olhando para cima, em busca do prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus (Cl. 3.1,2).
CONCLUSÃO: Jesus ressuscitou e ascendeu ao Céu, essa é uma verdade testemunhada pelos apóstolos e registrada na Escritura. Por que Ele vive, como diz a letra do hino sacro, podemos crer no amanhã, e mais que isso, temor não há. Diante dessa realidade, devemos viver na expectativa da Sua volta, sendo essa a bendita esperança da igreja. Enquanto Ele não chega, devemos depender do poder do Espírito Santo, e continuar testemunhando, até aos confins da terra. PENSE NISSO!
Deus é Fiel e Justo!