2. O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES: A festa judaica de Pentecostes acontecia no qüinquagésimo dia depois da Páscoa, também era denominada de Festa das Semanas, porque ocorria sete semanas depois da Páscoa. Na ocasião celebrava-se a colheita dos primeiros grãos de trigo (Ex. 23.16; 34.22; Lv. 23.15-21). Para a igreja, essa festa passou a ter um significado especial, diz respeito ao momento em que essa recebeu o poder do alto, o batismo no Espírito Santo, prometido por Jesus, para a expansão do evangelho (At. 2.1). Cento e vinte discípulos, que se encontravam reunidos no mesmo lugar, ouviram um som como de um vento, na medida em que esse encheu o cenáculo, línguas repartidas como que de fogo pousaram sobre os presentes (At. 2.2,3). E todos foram cheios do Espírito Santo, o verbo pimplemi – cheios em grego – dá ideia de uma capacitação sobrenatural para o serviço divino. Desse modo, o derramamento do Espírito Santo significa o mesmo que ser batizado no ou com o Espírito Santo ou receber o dom do Espírito (At. 1.5; 2.4; 38). Esse mesmo Espírito habilita sobrenaturalmente os discípulos a “falarem em outras línguas” (At. 2.4), isso quer dizer que eles não estudaram as línguas que falaram, ainda que, pelo contexto, inferimos que essas línguas foram reconhecidas como idiomas (At. 2.6). O falar em línguas é uma evidência física do batismo no Espírito Santo. Esse precisa ser diferenciado do dom de variedade de línguas (I Co. 12.10). Quando o crente fala em línguas, no Batismo no Espírito Santo, demonstra que experimentou o derramamento. Quanto fala em línguas, enquanto dom, edifica a si mesmo, ou, se houver quem interprete, a igreja (I Co. 14.4,13,27). 3. O PROPÓSITO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO: O propósito do Batismo no Espírito Santo está explicitamente registrado em At. 1.8. Ainda que alguns teólogos associem esse derramamento a uma vida de santificação, esse, na verdade, objetiva o testemunho da morte e ressurreição de Cristo por parte de quem o experimenta. O fruto do Espírito Santo, produzido a partir de uma vida de comunhão com Deus, favorece a santificação do cristão (Gl. 5.22), o derramamento do Espírito, no entanto, visa à capacitação do cristão, com o poder do alto, a fim de que esse tenha coragem e audácia, mesmo diante de perseguições e adversidades, para falar, com intrepidez, a respeito do evangelho de Cristo. Toda igreja que pretende ser missionária, e desenvolver o ministério de testemunho de Jesus com eficácia, deve buscar o derramamento do Espírito Santo. Ao lermos o relato das experiências pentecostais do século passado, somos impactados pelas proezas que os servos de Deus foram capazes de realizar no poder do Espírito Santo. Após terem passado pela experiência desse Batismo, não mediram esforços para levar adiante a mensagem da salvação. Os diários de homens como Daniel Berg e Gunnar Vingren, a biografia de cristãos como Orlando Boyer, e de tantos outros crentes batizados no Espírito Santo, revelam o que Deus pode fazer, e ainda tem feito, com homens e mulheres cheios do Espírito. Os crentes da igreja primitiva, outrora atemorizados pelas autoridades religiosas judaicas, após experimentarem o enchimento do Espírito, passaram a anunciar o evangelho com ousadia, impulsionados pelo Espírito Santo. CONCLUSÃO: Precisamos continuar pregando o evangelho pentecostal. Jesus Cristo salva, cura, batiza no Espírito Santo e leva para o céu. Devemos investir o que for possível nos meios de propagação do evangelho, favorecer a formação bíblico-teológica dos obreiros, mas não podemos prescindir da experiência marcante do Batismo no Espírito Santo, tendo o falar em língua como evidência física. Através dessa experiência, a igreja contemporânea poderá, com o mesmo vigor pentecostal da igreja primitiva, anunciar, com autoridade, que Jesus Cristo é o Senhor. PENSE NISSO!
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